Em Gettysburg foi travada a maior batalha da Guerra Civil Americana. Os exércitos inimigos do Norte e do Sul, com um contingente de 150 mil homens, enfrentaram-se durante os dias 1, 2 e 3 de julho de 1863 e sofreram 53 mil baixas, um pouco menos do que a quantidade de soldados americanos mortos na Guerra do Vietnã.
A batalha de Gettysburg foi vencida pelas tropas do Norte e inverteu o rumo da Guerra Civil, até então totalmente favorável aos rebeldes do Sul.
Depois de Gettysburg, o Sul nunca mais foi o mesmo. Lutou ainda por mais dois anos até a rendição, em abril de 1865.
O sacrifício dos 53 mil soldados que caíram naquele campo de batalha foi reconhecido e homenageado pelo Presidente Abraham Lincoln, em novembro de 1863, quando fez um discurso histórico na inauguração do cemitério militar da cidade.
Tudo isso fez a fama de Gettysburg. As crianças americanas aprendem na escola o discurso de Lincoln em Gettysburg.
Quando o último soldado da Guerra Civil morreu, em 1956, Gettysburg já estava coberta de monumentos levantados pelos veteranos que lá combateram, seja para lembrar um episódio, um grupo de colegas ou um general.
Gettysburg é hoje um Parque Nacional. Diariamente, ônibus escolares chegam à cidade com estudantes que disputam as atrações com centenas de turistas e historiadores.
O Parque Nacional de Gettysburg é um lugar lindo. Cheio de cores, de flores, de pássaros, esquilos, etc. Cheio de paz. Pode-se percorrer os locais da batalha de carro ou a pé. Em horas ou em dias.
Quem vai a Gettysburg deve conhecer e gostar de história. Pode estudar antes ou aprender lá. Guias treinados estão no Visitor Center exatamente para isso.Mas existem histórias em Gettysburg que não estão nos livros de História. O que dizer da visão de um oficial de cavalaria com uniforme completo do Norte que passa calmamente com seu cavalo em frente a um grupo de visitantes e, ao chegar do outro lado da estrada, desaparece?
Ou de um grupo de “reenactors”, que, no meio de uma passagem no bosque encontra três soldados que lhes entregam uma caixa de munição datada de 1863, nunca utilizada e novinha e depois desaparecem na neblina?
E aquela exibição precisa de marcha e ordem unida militar que um grupo de diplomatas viu do alto da colina na planície logo abaixo ... em um dia em que nenhum grupo de “reenactors” estava no parque?
E o soldado ferido que pede água a um visitante que estava no parque quando já anoitecia? E o ruído da tropa marchando de madrugada em frente à janela de um hotel com vista para o campo de batalha?
E os gritos de feridos no subsolo do Gettysburg College ocupado durante a batalha e semanas depois como um hospital de campanha?
Uma explicação para esses eventos sobrenaturais pode estar no fato de tantos e tantos jovens terem tido uma morte súbita e violenta.
Pode ser que suas almas não tenham descansado, continuando a vagar nos lugares em que viveram seus últimos dias.
Para quem gosta desse tipo de história e emoção, a cidade oferece diariamente os Ghost Tours. Caminhadas com guias especializados para ouvir relatos nos locais onde dizem ter acontecido repetidas vezes.
Gettysburg à noite se transforma. Nas janelas das casas da época aparecem velas acesas. Segundo a tradição, isso significa que naquele lar se espera a volta de um alguém muito querido que foi para a guerra. E ainda está no túnel do tempo.
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